
Sexta-feira, 3 OUTUBRO. 20H00
Pátio da Galé. Acessível por convite.
A ALEGRIA É A COISA MAIS SÉRIA DA VIDA tem como ponto de partida a frase de José de Almada Negreiros, proferida em 1932 no Teatro Nacional D. Maria II. Nesse discurso, o artista distinguiu a alegria do riso superficial e situou-a como atitude consciente, corajosa e estruturante da vida. A sua formulação revela uma compreensão da alegria não como algo acessório, mas como uma força vital capaz de orientar o sujeito perante os desafios da existência.
É nesta linha que a coleção procura situar-se. Inspirando-se na obra de Almada Negreiros, retoma elementos gráficos, formas geométricas e o uso intenso da cor, que no trabalho do artista funcionavam como linguagem de experimentação e afirmação modernista. A transposição destes elementos para o vestuário cria um campo visual e conceptual onde a alegria é entendida como vitalidade, movimento e energia.
O momento de apresentação da coleção pretende, assim, ultrapassar a mera dimensão estética e ser vivido como experiência coletiva. Através da cor, da repetição rítmica e da força dos padrões, propõe-se que a alegria se manifeste como sentimento partilhado e transversal, assumindo-se como forma de resistência e como possibilidade de comunhão.
Deste modo, A ALEGRIA É A COISA MAIS SÉRIA DA VIDA não se apresenta apenas como título, mas como princípio conceptual. Tal como em Almada, a alegria é aqui compreendida enquanto atitude existencial e crítica, uma força ativa que resiste à adversidade e que se afirma como condição para pensar o presente e o futuro.
Disponível brevemente