Entre pele e metal, LUBE nasce do chão oleoso das oficinas, onde a masculinidade se veste de uniforme e silêncio. Mas e se esse corpo fosse exposto? E se o olhar se virasse? A coleção parte dessa inquietação. Num espaço onde se normalizou ver mulheres despidas em calendários, LUBE responde mostrando o corpo masculino, vulnerável, tenso, desejável.
A matéria é bruta, reciclada, com câmaras de ar, metal e cortes que desarmam. O corpete aperta, a roupa pesa, e o desconforto torna-se linguagem. Aqui, o que falta revela mais do que o que está presente. LUBE não suaviza o homem, mas rasga a ideia de que ele deve esconder-se. É entre o mecânico e o íntimo que o corpo reaprende a ser visto. Sem pedir licença. Sem disfarce.