Mateus da Cunha, nascido em Lisboa e residente no Porto, constrói o seu trabalho fotográfico a partir de atmosferas densas e detalhes que escapam ao olhar imediato. A sua investigação centra-se na relação entre corpo e espaço, explorando o peso da luz, a duração do gesto e a fricção entre registo documental e construção estética. O diálogo com o cinema marca a sua abordagem, trazendo uma dimensão narrativa à fotografia e abrindo espaço para imagens que oscilam entre o íntimo e o encenado, por vezes com a exploração do arrastamento.