Sexta-feira, 3 OUTUBRO. 22H30
Pátio da Galé. Acessível por convite.
A coleção abre em Génese: o vazio fértil, a tela em branco onde tudo pode nascer. É o sopro inicial da liberdade, ainda sem forma, mas já indomável. Segue-se Fluxo, um corpo em perpétua metamorfose, líquido e infinito, que atravessa fronteiras como se não existissem. No coração desse movimento irrompe Ímpeto: estruturas que se erguem como armaduras, firmes e protetoras, mas que deixam transparecer a vulnerabilidade que as habita. Em Vibração, a pele encontra o som: proximidade crua, emoção à flor, um arrepio que se torna música.
O caminho avança para Dualidade, onde opostos se enfrentam e se seduzem: o feminino e o masculino, o clássico e o experimental, o real e o sonho. Depois ergue-se a Insurreição: o grito feroz contra a norma, onde a imperfeição não é falha, mas detalhe precioso. E então surge Labirinto: território de camadas imprevisíveis, onde quotidiano e espetáculo se confundem, entre quem se é e quem se ousa ser.
A coleção culmina em Manifesto. Um clímax incandescente, onde o brilho não é ornamento, mas símbolo. Vestir é criação. Sem género. Sem tempo. Sem limites.