zabra

Zabra

Workstation New Media

ZABRA, dirigido pelos artistas João Pedro Fonseca e Carincur, é um movimento e um centro de experimentação artística e académica que, a partir de uma abordagem transdisciplinar e multidisciplinar, explora a pós-natureza como marco para a criação contemporânea. Desenvolve, promove e explora a relação entre arte, tecnologia e ciência, recorrendo à criação, produção, programação e edição. A sua abordagem inovadora com estes aspetos, juntamente com seu compromisso com a colaboração interdisciplinar, tornou o projeto num centro de pensamento crítico e uma plataforma de pura expressão criativa. Fundada em 2018, foi concebida como editora de música, contando até à data com 19 edições, tanto de artistas nacionais como internacionais. Em 2020 surge o espaço ZABRA em Lisboa, uma whitebox onde têm desenvolvido parte das suas atividades, como residências de investigação e criação, performances, workshops, conferências e concertos. Com o decorrer do tempo, ZABRA foi estendendo a sua propriedade para a área da performance, instalação, tecnologias de imersão e novos media.

VERTICAL SCALE, 2023

A data digital potencia o distanciamento de conceitos menos antropomórficos onde os objetos, os acessórios e as roupas operam como entidades ficcionadas formando uma consciência própria, longe da necessidade de estarem ligadas a um corpo modelo, ou seja: ao humano.

VERTICAL SCALE de Carincur + João Pedro Fonseca da ZABRA é uma peça híbrida entre o físico e a realidade virtual. Sete Designers de Moda, cada um com uma perspetiva única, contribuem com sete peças de sua autoria. Estas peças foram submetidas a um processo de digitalização, utilizando a tecnologia 3D scanning. Este processo da digitalização — a transferência do físico para o digital — não tem a intenção de gerar algo novo ou quebrar. Pelo contrário, busca expandir o presente, tornando-o mais sensível à ideia de continuidade e mutabilidade. Cada peça de vestuário digitalizada mantém uma ligação com o seu homólogo físico, mas também transcende as suas limitações materiais.

VERTICAL SCALE atravessa uma aplicação VR, a instalação e performance, onde a transição, a mudança da matéria e dos arquétipos tal como os conhecemos, funcionam de forma a ampliarem a nossa realidade.