Valentim Quaresma é o autor dos figurinos e adereços do espetáculo “Prometeu Agrilhoado”, baseado no clássico grego de Ésquilo, que a Companhia de Teatro Livre apresenta até ao dia 27 de julho, no Museu de Lisboa – Teatro Romano.

A Grécia Antiga e formas orgânicas foram as inspirações de Valentim Quaresma para criação dos figurinos dos cinco personagens: Prometeu, Circe, IO, Poder e Hefesto. “Cada personagem tem uma personalidade própria e os trajes são muito fortes. Os materiais principais são a lã e o alumínio. Escolhi lã porque a peça tem uma ligação com o mar e criei peças com inspiração orgânica”, explica o Designer.

Baseado no mito de Prometeu de Hesíodo, “Prometeu Agrilhoado” foi escrito pelo dramaturgo grego, Ésquilo, numa época de transição do poder tirânico para o poder democrático na Grécia, há cerca de 2.500 anos. Com esta obra, Ésquilo quis mostrar que até os deuses devem ser moderados, sem nunca ultrapassarem as limitações do seu poder. Prometeu é o último rebelde, que ensinará a Zeus que a paz só se alcança através da justiça e da persuasão.

A peça agora em exibição no Museu de Lisboa – Teatro Romano, encenada por Beto Coville e com interpretações de António Camelier, Beto Coville, Eurico Lopes, Luísa Ortigoso e Sara Barradas, pretende questionar o papel da humanidade. “Numa altura em que ressurgem e conquistam espaço movimentos de pensamento totalitário que ameaçam a democracia e a liberdade, este texto reveste-se de toda a atualidade. Hoje, é fundamental mostrar a importância da crença no ser humano livre e é primordial defender o direito de igualdade e justiça, e principalmente, a liberdade de expressão.”, lê-se no website do Museu de Lisboa.

“Prometeu Agrilhoado”, uma produção conjunta do Museu de Lisboa – Teatro Romano e da Companhia de Teatro Livre, está em cena até 27 de julho, de quarta-feira a sábado, às 21h00.

FOTOS: José Avelar

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