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Um programa ModaLisboa com o apoio PVH Foundation

Alinhado com a missão central da Associação ModaLisboa, amanhã pretende tornar a Moda nacional numa área com mais representatividade e diversidade de talentos, ao comunicar as múltiplas oportunidades de crescimento dentro da indústria.

Criado para alunos que estejam a terminar o Ensino Secundário, o programa divide-se em três fases: apresentações sobre as profissões que constroem a Moda nacional nas escolas; cinco dias de workshops práticos nos escritórios da ModaLisboa; e uma bolsa de estudo em Moda, no valor de 15 mil euros.

PORQUÊ?

Há dois motivos principais que levam à criação do programa amanhã.
O primeiro é que continua a ser preciso promover a representatividade na Indústria de Moda, tanto a nível nacional como a nível internacional. Só com a criação de oportunidades iguais para vozes diversas, experiências diferentes e contextos sociais e económicos distintos é que se consegue afirmar que trabalhamos numa área que acolhe e inclui.

E a palavra “oportunidade” leva-nos ao segundo motivo. Nos últimos anos, as áreas criativas da Moda floresceram, mas as profissões técnicas não se têm conseguido comunicar de forma tão atrativa. Não é possível falar em Moda sem ouvir palavras como Sustentabilidade, Inovação, Trabalho Artesanal ou Tecnologia, porque estas são as áreas em verdadeiro crescimento — e é nelas que está o futuro. Mas se os jovens não as conhecem, como é que se vão candidatar a estes novos cargos?

Foi para responder a estes dois desafios que desenvolvemos o programa amanhã: criar oportunidades de futuro para jovens talentos em áreas de elevada empregabilidade na Indústria de Moda nacional.

COMO?

Não há uma resposta fácil, nem única, para cumprir os objetivos a que nos propomos. Então dividimos o amanhã em três fases, para que possamos chegar a pessoas diferentes em níveis diferentes. E fazer a diferença.

WORKSHOP

Durante os meses de abril e maio, a equipa da Associação ModaLisboa visitou escolas secundárias das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto para apresentar uma visão global do que é a Indústria de Moda, e as oportunidades de futuro que oferece.

A apresentação percorreu áreas como a Sustentabilidade, Trabalho Artesanal e Inovação Tecnológica, bem como as profissões que cada uma oferece, e terminou com um workshop prático que incentiva o pensamento crítico, o trabalho colaborativo e a construção de identidade.

 

RESIDÊNCIA

A ModaLisboa fez uma seleção de 10 jovens que respondiam aos critérios definidos pelo programa — motivação, aptidão e diversidade — e, entre 30 de junho e 4 de julho de 2025, recebeu-os na sede da Associação para uma residência de uma semana. 

Foram cinco dias de formações, workshops práticos e visitas a ateliers, agências e aos espaços culturais mais relevantes da cidade, que ofereceram uma experiência imersiva do que é a Moda contemporânea, além de contacto direto com Designers, profissionais das artes e tecnologia, e estrategas e comunicadores de Moda.

Na residência, os alunos foram convidados a construir um corpo de trabalho físico e digital, explorando áreas como Criação Têxtil, Herança Cultural, Cultura Visual e Transição Tecnológica.

 

WORKSHOPS

CRIAÇÃO TÊXTIL, com CONSTANÇA ENTRUDO
Antes de fundar o seu estúdio de pesquisa e design, Constança Entrudo trabalhou para marcas como Balmain, Peter Pilotto e Marques’Almeida. Agora, é a partir do seu atelier em Lisboa que se dedica à experimentação têxtil através de técnicas manuais e ferramentas digitais. Neste workshop, a Designer Têxtil mostrou como a importância da criatividade e do pensamento conceptual se materializa na inovação têxtil. Mais sobre o seu trabalho, aqui.

 

 

HERANÇA CULTURAL E TRABALHO ARTESANAL, com JOANA DUARTE
Joana Duarte percebeu que só poderia trabalhar em Moda se tivesse uma missão, e foi assim que nasceu a BÉHEN: um projeto que preserva as técnicas artesanais portuguesas. Para cada coleção, trabalha com artesãos de todo o país e une esta herança cultural à inovação tecnológica. Neste workshop, a Designer mostrou o seu processo criativo, e desafiou os participantes a aplicá-lo numa sessão de upcycling. Mais sobre a BÉHEN, aqui.

 

 

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NA DIGITALIZAÇÃO DA MODA, com PAATIFF
José Sobral formou-se em Arquitetura pela Universidade de Lisboa, mas nunca escondeu a influência e o interesse pela Moda no seu percurso académico. Em 2023, criou a marca/studio paatiff com o objetivo de fundir a criação de Moda com Inteligência Artificial. No mesmo ano, venceu a primeira edição da Semana de Moda de Inteligência Artificial (AI Fashion Week). Atualmente, é líder do departamento de IA Generativa da Revolve, uma marca de Moda americana. No workshop do amanhã, José Sobral e Matilde Mariano exploraram a forma transversal como a tecnologia impulsiona a Moda de hoje — e, claro, de amanhã.

 

 

CULTURA VISUAL, com SÓNIA JESUS
Sónia Jesus é especializada em comunicação e estratégia de oda, luxo e tecnologia, e em mais que uma vertente: começou a sua carreira como stylist, editora e art director, aprofundou-a numa agência de comunicação, e trabalhou vários anos em mercados internacionais como Visual e E-Merchandiser para a Farfetch e Louis Vuitton. Agora, voltou a Portugal para o Amorim Luxury Group. Neste workshop, mostrou que trabalhar em Moda não é gostar de roupa: é gostar de cultura, música, cinema, arte e história, e saber transformar todas essas referências em pensamento crítico.

 

BOLSA DE ESTUDO

No fim da residência, a ModaLisboa e os mentores dos workshops elegeram Celízia Tavares como vencedora da bolsa de estudo amanhã, no valor de 15 mil euros, que inclui um curso de 18 meses no Modatex Porto, numa área de formação em Moda à sua escolha: Design de Moda; Comércio de Moda; Design Têxtil para estamparia; Costureiro/a Modista; Modelista de Vestuário. Este apoio cobre integralmente propinas, alojamento e alimentação, permitindo a continuação de um percurso de especialização com impacto potencial no mercado nacional.

 

celizia

“A bolsa terá um grande impacto em tudo aquilo que eu represento, e em tudo aquilo que os meus pais representam para mim. Eu quero seguir Design de Moda, e com isso trazer a cultura perdida de Cabo Verde para o quotidiano. Há muita cultura que a juventude está a esquecer. Eu queria trazê-la para a Moda atual, e mostrar ao público que Cabo Verde tem muita riqueza.”
Celízia Tavares

 

 

 

 

 

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