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Artista multidisciplinar focado em explorações de media e fine art, João Felgueira (joninator) estudou Serigrafia e Gravura de Produção Artística na Escola Artística António Arroio em 2016 e, em 2020, licenciou-se na Universidade de Westminster, em Londres, em Contemporary Media Practice. A sua prática abrange um espetro entre fotografia, vídeo, media interativos e tecnologias emergentes, incluindo Inteligência Artificial. Produto de uma pesquisa que questiona as fronteiras e condições virtuais num contexto pós-contemporâneo, o trabalho de Joninator é uma exploração da relação construída ao longo do tempo entre humanos e tecnologia.

Sara Pinto (parasinto) é artista interdisciplinar com uma prática que transita entre os domínios da Moda e das Belas-Artes, baseada na consciência e atenção aos processos materiais utilizados como meios de modelação do corpo. Sara trabalha entre Londres e Cascais, e estudou Produção Artística: Serigrafia e Gravura na Escola Artística António Arroio, mudando-se para Londres em 2017 para um BA em Fashion Print na Central Saint Martins. A prática de pesquisa de Sara utiliza vários métodos como fotografia, coleção de objetos e tecnologia de digitalização 3D para capturar formas e detalhes intrincados, alterando depois a sua escala. As técnicas de fabrico de fundição são também utilizadas para transformar a forma original de um objeto, permitindo a possibilidade de recriar elementos naturais e objetos contemporâneos, abstraindo-os do seu contexto original e imbuindo-os de um novo significado. O resultado é a incorporação de um mundo futuro na existência contemporânea. A prática de Moda de Sara vê o corpo como um veículo de transformação, onde as roupas se tornam elementos esculturais com uma conotação poética e política de natureza apocalíptica.

Marco Maiato, 25 anos, é artista trans queer nascida em Luanda, Angola. Utiliza a manipulação de imagem e renderização 3D para criar composições visuais e universos onde pessoas racializadas e marginalizadas pela sociedade atual possam existir nas suas versões mais autênticas. Com uma prática de mix media, como fotografia e modelação 3D, explora afro-futurismo, fluidez de género, sexo, expressionismo emocional e criação de Moda num universo metafísico. Marco Maiato constrói a sua obra sobre, e por, uma comunidade que traz consigo narrativas menosprezadas pela sua identidade, nacionalidade e condição social.

MINDEFORMER (Eduardo Paranhos, 2000) é artista e designer 3D. O seu percurso académico iniciou-se na área de engenharia informática, que fomentou o seu interesse pela área da programação e Inteligência Artificial. Contudo, um ano depois, mudou de curso, concluindo a licenciatura em Som e Imagem na Universidade Católica do Porto. Desta simbiose de conhecimentos entre o artístico e técnico, nasceu o projeto final de graduação denominado "Copycat" exibido no "Panorama 22", assim como, colaborações com a agência de investigação "INTERPRT". Adicionalmente deu um workshop do software Blender 3D para iniciantes no respetivo estabelecimento de ensino. Atualmente é freelancer e desenvolve ativamente o seu portefólio.

ZALDA (Esmeralda Dias, 2000) é Designer de Moda e ilustradora, e vive em Santa Maria da Feira. Finalista do Concurso de Ecodesign Portugal Fashion quando terminava a licenciatura em Design de Moda na ESAD, Matosinhos, estagiou numa marca de vestuário, envolvendo-se em todas as fases do processo de produção, incluindo em trabalhos na área da fotografia. Tentar a sua sorte com a sua própria marca levou-a à final do Concurso Bloom do Portugal Fashion. Paralelamente, teve obras de ilustração em exposições e mercados de arte. Tem o seu próprio estúdio para marcações de provas presenciais das peças de roupa da sua marca, ZALDA, tem vindo a produzir novos artigos com desperdícios e a envolver-se em projetos na área da Moda em cruzamento com outras.

Ricardo Santos aka Postmodern Bot (Lisboa, 28 anos) estudou Animação 3D e Efeitos Visuais em Londres. Regressou a Lisboa em 2019, e foi cofundador do PostCarbon Collective, coletivo artístico que tem como base conceptual o Transumanismo.

Postmodern Bot é um artista interdisciplinar cujo trabalho incide maioritariamente em animação, design e composição no espaço 3D, sendo a criação de avatares o seu principal foco. Transumanismo, biologia e futurismo são os temas mais recorrentes nos projetos que apresenta. Tenta, assim, mostrar uma simbiose entre o seu ponto de vista artístico, ciência e tecnologia.

S4RA é uma pessoa não-binária e genderqueer, artista interdisciplinar e passou horas intermináveis a lutar contra monstros e a passear por labirintos. Por isso, pareceu-lhe natural evoluir através de um processo experimental e exploratório da cultura visual dos jogos e do looping não linear. Também se alimenta de plataformas de redes sociais para acoplar animações nas profundezas da dramatização de papéis de género e enredos políticos. Ainda joga videojogos da velha guarda.

A Presidente da Associação ModaLisboa e fundadora da Lisboa Fashion Week tem uma extensa carreira que engloba inúmeros projetos e diversos campos de especialização. Combina a direção do projeto ModaLisboa com o ensino de Design de Moda, a direção criativa de marcas e a consultoria de design. Integra vários boards internacionais, elevando e promovendo a Moda nacional no contexto internacional ao longo de mais de 30 anos.

CURADOR
Miguel Flor é diretor criativo e editor-in-chief da revista Prinçipal ModaPortugal. Designer de moda de formação, desenvolve projetos de direção criativa, consultoria, curadoria e desenho expositivo na área da Moda, assim como na área do Design e das Artes Plásticas. Trabalha igualmente como fotógrafo, tendo um perfil interdisciplinar que deambula entre a fotografia de Arte, a fotografia de Moda e a fotografia industrial.
Em 2020, Miguel Flor lançou, pela Stolen Books, o livro “Boys Appetite”, que compila as primeiras fotografias da série com o mesmo nome.

ZABRA, dirigido pelos artistas João Pedro Fonseca e Carincur, é um movimento e um centro de experimentação artística e académica que a partir de uma abordagem transdisciplinar e multidisciplinar explora a pós-natureza como marco para a criação contemporânea. Desenvolve, promove e explora a relação entre arte, tecnologia e ciência, recorrendo à criação, produção, programação e edição. A sua abordagem inovadora com estes aspetos, juntamente com seu compromisso com a colaboração interdisciplinar, tornou o projeto num centro de pensamento crítico e uma plataforma de pura expressão criativa.