Exposições, Moda
Uma exposição de chapéus Dior e outra sobre a presença da casa francesa de Alta-Costura na imprensa feminina portuguesa marcam a reabertura do Museu da Chapelaria, em São João da Madeira. As mostras estão patentes ao público até 20 de abril.
A exposição de chapéus da Maison Dior, organizada em parceria com o Museu Christian Dior de Granville, procura demonstrar as razões pelas quais Christian Dior (1905-1957) considerava esse acessório “a quintessência da feminilidade”. A mostra reúne 15 chapéus desenhados pelo criador francês, propondo uma reflexão sobre a importância deste acessório não só como elemento essencial do estilo Dior e da Alta-Costura, mas também como símbolo histórico e social de determinada época e geografia.
A segunda exposição foca a presença da Maison Dior na imprensa feminina portuguesa, com base numa pesquisa inédita do próprio Museu da Chapelaria a três revistas femininas de referência da época — Eva; Modas & Bordados. Vida Feminina; e Voga — e analisa o impacto do ‘New Look’ de Christian Dior na elite da sociedade portuguesa entre 1947 e 1957.
A exposição destaca também o lançamento, em 1954, de “O Pequeno Dicionário de Moda” — onde Christian Dior revelava segredos de estilo e aconselhava “o que vestir, como andar com graça ou que tipo de chapéu usar em diferentes ocasiões” — e recorda eventos como a conferência que o criador francês deu em 1955 na Sorbonne, onde foi o primeiro criador a filosofar sobre a Estética da Moda, em 700 anos de história dessa universidade.
O Museu da Chapelaria reabriu no dia 25 de janeiro, após seis meses de obras de requalificação. Além da integração de mais chapéus na coleção permanente, a renovação trouxe novidades como a inclusão de conteúdos em inglês e braille, e a implementação de condições técnicas para que, no futuro, possam ser adicionadas audiodescrições aos diversos conteúdos do percurso, através de equipamento multimédia, com o objetivo de tornar as visitas mais acessíveis e interativas.
“Os conteúdos interpretativos também ficaram com uma linguagem mais clara e acessível, e com códigos QR que permitem visualizar imagens da fábrica que funcionou no edifício do Museu até aos anos 1990”, explicou Tânia Reis, diretora do Museu da Chapelaria, à Lusa.
“A dimensão patrimonial e humana da indústria da chapelaria está potenciada através da apresentação de fotografias de várias épocas de laboração da fábrica e a narrativa que antes o público só ficava a conhecer numa visita guiada está agora disponível de forma autónoma, com linguagem clara e acessível.”
Mais informações sobre o museu, aqui.
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